ExtraLibris : Curadoria Figital

TRANSFORME COLEÇÕES EM EXPERIÊNCIAS CONECTADAS
por Fabiano Caruso

Hoje, os espaços de aprendizagem não precisam — e não devem — estar limitados a um único ambiente físico. A escola como um todo pode ser ativada como território de descoberta, com coleções distribuídas pelas salas, corredores, painéis interativos e diversos dispositivos que integram o cotidiano escolar.

A FIGITECA nasce dessa visão ampliada: toda a escola pode se tornar um ecossistema cultural e educativo vivo, quando as coleções passam a ser organizadas de forma criativa, participativa e conectada.

No século XXI, ambientes como bibliotecas não podem se concentrar apenas no controle de acesso aos livros e a documentação. O que se propõe é um espaço de inteligência colaborativa, onde cultura e aprendizagem emergem de forma distribuída e significativa, por meio da curadoria figital de coleções conectadas que se desdobram tanto no espaço físico quanto digital.

Essa proposta demanda uma transformação profunda. Uma nova consciência, capaz de gerar tecnologia, método e técnicas, a partir de diretrizes alinhadas com os desafios contemporâneos da educação. É preciso repensar a atuação dos profissionais das escolas responsáveis pelas coleções, substituindo a tradicional lógica do controle e automação pela da organização e composição — com curadoria ativa e criação compartilhada de repertórios em educação, tecnologia e cultura.

A metodologia ExtraLibris oferece esse alicerce conceitual e tecnológico. Estruturada em torno da curadoria colaborativa de coleções conectadas, ela propõe a catalogação de itens (como livros, documentos e demais objetos de aprendizagem), lugares (prateleiras, murais, painéis figitais), seleções (agrupamentos simbólicos e temáticos dos objetos) e eventos (diferentes manifestações em cultura e educação envolvendo os participantes da comunidade escolar).

Essa organização permite compor ambientes figitais — híbridos, interativos e dinâmicos — que refletem e estimulam os repertórios culturais e criativos da escola. São espaços onde estudantes não são percebidos como usuários, mas participantes que podem organizar e compartilhar livros do acervo, além até de itens trazidos de casa, para compor seleções com seus colegas, e/ou colaborar em projetos com professores e outros membros da comunidade.

FIGITECA é isso: não um lugar, mas um movimento. Uma plataforma viva. Uma nova forma de pensar e viver a escola — como espaço expandido de aprendizagem, criação e formação figital para todos.